Bem, sem desprestígio para os ciclistas, mas isto é bastante mais duro do que as maratonas BTT de 100 km usuais ( que também não são pera doce, mas...).
Por questões profissionais (pelo menos foi a desculpa dele) o Carlos Costa acabou por não participar, pelo que sobraram só dois maratonistas consagrados - O Luciano já com 20 maratonas completadas e eu pronto (?) para fazer a décima!
O grupo das acompanhantes
Claro que aproveitámos para visitar algumas belezas de Madrid...
O km zero, onde começam todas as estradas - Portas do Sol
Guernica, a obra-prima de Picasso - Museu Rainha Sofia
Túlipas no Paseo do Prado
Depois do pequeno almoço no hotel, às 7h, na companhia de diversos outros maratonistas (o hotel era na Grã Via, próximo da partida), arrancámos para o Paseo de Recoletos, onde seria dada a partida às 9h.
Depois dos alívios normais nestas coisas, lá nos juntámos aos outros 9000 participantes (mais alguns dos 10 km) prontos para 42 195 m de corrida!
Para abrir o apetite, a prova começa com a subida do Paseo da Castellana, que embora não seja muito inclinado, já dá uma ideia do que está para vir... Perto do estádio Santiago Bernabéu, um termómetro de rua indicava já 19ºC, isto pelas 9h30 da manhã! Após cerca de 10 km juntos, o Luciano disse-me que queria ir mais devagar, pelo que ficou um pouco para trás. Por esta altura reparei que os pensos rápidos que tinha colocado nos mamilos já tinham saltado. Felizmente havia pessoal simpático de patins a acompanhar a maratona com vaselina e spray para as dores. Consegui barrar-me com vaselina duas ou três vezes, não evitando mesmo assim pintar a camisola de vermelho. O Luciano também foi forçadoa aproveitar os sprays, pois a partir dos 20 km teve vários ataques de cãimbras que o obrigaram mesmo a parar por alguns momentos.
Pelos 19 km a maratona passava pela Grã Via e pelas Portas do Sol, onde o acolhimento do público era simplesmente fabuloso!
O percurso descia então para o parque da Casa de Campo, onde dava mais umas voltas. Para o final estavam reservados 7 km!!! de subida até ao Parque do Retiro, o que, conjugado com o adiantado da hora (acabei pelas 13h) estragou a minha média no final, com os últimos metros num esforço significativo para me arrastar até à meta!
Bem, como se costuma dizer, o importante é mesmo chegar ao fim, o que ambos fizémos, eu em cerca de 4h e o Luciano em 4h20 (por culpa das cãimbras).
O Luciano à chegada, de camisola azul e cinza
Importante mesmo foi conseguir concluir a prova, o que deu direito aos diplomas respectivos:
Para os que estão tentados a participar numa prova destas, deixo aqui a frase vista na camisola de uma participante, e que pode servir de estímulo:
"A dor é temporária, o orgulho é para sempre!"
Até à próxima maratona (Londres 2011?)...
Parabéns aos dois, eu só ainda passei essa mítica marca dos 42 kms por 5 vezes, mas o suficiente para saber perfeitamente o que se sente quanto se chega à meta - orgulho e aquele brilho nos olhos. Quanto a Londres, estou candidato desde já em alinhar.
ResponderEliminarAs dificuldades são sempre proporcionais à qualidade da preparação para cada evento!!!!
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