segunda-feira, 18 de maio de 2009

Maratona BTT internacional Idanha-a-Nova - 9 de Maio

Para começar um puxão de orelhas! Nem o Sérgio nem o Carlos cumpriram o que estava acordado – fazerem entre eles o relato de Idanha!

Finalmente, um grupinho mais composto!

Apesar do atraso, decidimos ainda fazer um pequeno relato sobre a prova, que teve algumas particularidades. Eu e o Pedro, depois do “espectacular” tempo que fizemos em Portalegre, uma semana antes, sentíamo-nos confiantes e com um ritmo certinho conseguimos algum avanço sobre o resto do pessoal. A confiança era tal que o Pedro decidiu testar uma acrobacia e saltou da bicicleta em mortal à frente, aterrando no terreno (felizmente) macio. Íamos lado a lado e de repente ele desapareceu! Bem, nada de complicado, o resto do pessoal ainda não tinha chegado, e continuámos o caminho. Alguns km à frente o Pedro deu por falta de um equipamento muito importante, em particular para o blogue – a máquina fotográfica!


Chegamos ao primeiro reabastecimento e enquanto trincávamos uma banana, chegam o Carlos, o Sérgio e pouco depois o Jorge e o Hélio. Aparentemente o Sérgio vinha com algumas dificuldades (mas isso é normal, pois ele só “aquece” a partir dos 30 km…). O Carlos já tinha tido o primeiro problema do dia, pois partira a corrente. Pelos vistos devem ter vindo depressinha, para nos apanharem aqui! Como estava tudo animado decidimos continuar em grupo.

Histórico: o Carlos a empurrar o Sérgio numa subida!



O percurso seguia em sentido contrário ao dos anos anteriores, sendo que em geral passava exactamente nos mesmos trilhos, mas em sentido contrário. É curiosa a diferente perspectiva, basta inverter o sentido e num instante tudo muda! (onde é que eu já ouvi isto?).


As espectaculares paisagens do Tejo internacional não deixaram de nos acompanhar, bem como a inesquecível descida da calçada romana até às margens do rio Erges! Fabuloso! A passagem do rio este ano foi mesmo pela ponte (o ano passado na passagem a vau com a bicla ao colo estive quase a mergulhar de cabeça…).

Na chegada a Zarza, notava-se já alguma dificuldade do Carlos em acompanhar o ritmo do restante pessoal. O Sérgio parecia já “aquecido” e tinha ultrapassado a fase inicial mais complicada (aliás já estava tão quente que mergulhou a cabeça na fonte – ou será tanque – que existe no centro da terra e onde fica o reabastecimento).


Seguia-se o retorno às origens, ou seja a Idanha-a-Nova, onde nos esperava a famosa calçada entre a Sr.ª da Graça e a meta. Mas deixemos essa parte para mais tarde.Pouco depois de sair de Zarza cruzámo-nos com o grupo do Carlinhos Monsanto e com o Jorge e o Hélio, que tinham ficado um pouco para trás, mas pareciam seguir bem animados. De facto o Jorge Santos estava a dar bem conta do recado (não esquecer que para ele foi a primeira maratona de 100 km!). Quanto ao Hélio revelava algumas falhas na preparação, o que o levou a desistir por volta dos 60 km e conseguiu um lugar na “carroça dos cães” da organização de volta a Idanha!

Entretanto apercebi-me de que mais alguém devia ter tomado essa decisão – o nosso amigo Carlos! As suas dificuldades avolumavam-se com o penoso passar dos km. À mínima subida era atacado por cãibras e a desidratação começava a tornar-se evidente! Decidi continuar com ele o resto do percurso, mesmo sem uma corda de reboque que tinha dado jeito em várias ocasiões. O Pedro primeiro e depois o Sérgio, acabaram por seguir no ritmo próprio e afastaram-se de nós rapidamente.
Chuvinha lá para os lados de Espanha!

Pouco depois do último reabastecimento, falhei uma entrada num passeio, no meio de muros (tenho que arranjar umas lentes graduadas para o BTT) e consegui cair exactamente para cima do muro cheio de pedras aguçadas! Digamos que raspei a pintura em vários sítios!



À vista da barragem, o Carlos conseguiu fazer um furo daqueles que nem o líquido No Tubes consegue vedar. Enquanto estávamos nestes preparos chegou o Jorge Santos e, já com uma câmara-de-ar nova instalada no pneu tubeless lá seguimos os três.


Parecia que já estava tudo contado, mas, numa subida depois de passar a barragem, ainda consegui cair outra vez, agora de costas, porque o sapato simplesmente não desencaixou do pedal! Bolas! Isto foi uma fartura de peripécias!Para terminar faltava a tal subida de empedrado, em que subimos cerca de 200 m em menos de 2 km. Deixei o Carlos e o Jorge e lá subi aquilo tudo montado. O Jorge também subiu montado, um pouco atrás, gastando mais 15 minutos do que eu e o coitado do Carlos levou cerca de 45 minutos para subir aquilo (a pé, sentado e deitado). Alguém lhe ofereceu até magnesona pelo caminho, mas parece que as cãibras continuaram a atacar.


Depois de um bom banho, lá fomos ao almoço, digamos jantar, apanhar o que ainda restava do porco assado com arroz de feijão.De referir que o Carlos foi formalmente proibido (pela mulher) de participar em provas com mais de 50 km! Coitado, agora que ele queria repetir a ida ao Cape Epic! Pelo menos ainda pode participar numa maratona de atletismo – são só 42, 195 km!

4 comentários:

  1. Na ausência do post que deveria ter sido colocado pelos "baldas", lá calhou de novo ao Jorge Fradique, que até tem jeito, por isso, estás nomeado postador oficial...lol

    Apesar de alguns acontecimentos menos bons, foi uma maratona fantástica com trilhos lindos. A repetir sem dúvida.

    ResponderEliminar
  2. Sim senhor,mais um post excelente.Com esta qualidade de comentários vai continuar a haver "baldas".
    Para 1ªmaratona de 100km,acho que foi uma boa estreia nestes trilhos e paisagens fantásticas.Para o ano há mais !

    ResponderEliminar
  3. Esse nome "Teamolenga" diz logo tudo : Molengos !
    Por isso, é que não conseguem fazer BONS tempos, é claro. Mas a idade também já não ajuda muito, não é verdade? Pois é, pois é... :P
    Continuem a treinar, talvez um dia consigam fazer 100km em 4h ! Mas isso, no dia em que tiverem o nome "TeamRápidos" ! :D
    Boa sorteee !

    ResponderEliminar
  4. O "Fradique" é a filha do Jorge GORDO, chamada Sara. :)

    ResponderEliminar